Voo Rasante

sexta-feira, abril 14, 2006

OS CANDIDATOS AO NOSSO CONVÉS

Estes são os dois fortes candidatos: a esquerda o A-7 Corsair II, e a direita o S-3 Viking.

Dento de um mundo de especulações, feitas por especialistas e não especialistas no assunto, mas que porém gostam ler e entender tudo sobre o assunto, existe hoje uma discussão sobre quais serão os próximos aviões, que irão fazer parte da força aeronaval de asa fixa da Marinha do Brasil.
Sem querer ser especialista no assunto esta abordagem, é apenas demonstrativa de possibilidades a serem consideradas, mas que em momento algum significam uma certeza.

Se tivéssemos no Brasil, uma maior conscientização de que um país do porte do Brasil, em termos de PIB, tamanho geográfico e população, teríamos que possuir um conjunto de forças armadas muito mais preparadas e equipadas do que as que temos hoje, mesmo se considerando o alto grau de competência das mesmas, mas falta-lhes condições para exercer o trabalho com mais eficiência. O uso de equipamentos modernos e em quantidades mais adequadas é a maior necessidade hoje do Exército, Força Aérea e Marinha, assistem o desmotivante declínio das forças que somam poucos equipamentos novos, e convivem com o fantasma do contingenciamento das verbas ridículas.

Hoje nossa Marinha possui um bom navio porta aviões, que se chama São Paulo, e além de helicópteros que fazem o trabalho de transporte e patrulhamento marítimo como os Sea King, Super Lynx, Super Puma e JetRanger . Destes o Super Lynx é o mais avançado e mais bem armado para uma guerra anti submarina.

Na aviação de asa fixa, temos o A-4 que é um excelente avião, porém dentro de um cenário moderno de guerra ele já está ultrapassado, mas se for modernizado, o que está em planos mas os cortes nas verbas ainda não permitiram ele os mesmos passassem por este processo para aí sim, tornarem-se aptos a encarar sua função de ataque naval com plenitude.

O pouso após enganchar o cabo de parada no convés do São Paulo. Hoje o A-4 Skyhawk é o unico avião usado por nossa Marinha.

Simulando cenários, o que está mais fácil de acontecer é a vinda do excelente avião de patrulha, ataque e muitas outras funções que incluem até o reabastecimento aéreo. Este o S-3 Viking que está em uso na Marinha Americana hoje, mas que começará a sair de operação a partir de 2008 e que foi formalmente oferecido de graça ao Brasil, Argentina, Chile e Peru.
A outra possibilidade que não foi oficializada mas que torna-se uma boa possibilidade para o Brasil, é a vinda do avião de ataque A-7 Corsair II vindos dos estoques de reserva da USNAVY, a preços simbólicos. Este avião devidamente modernizado dentro de projetos nacionais em parceria com empresas experientes em up grade de aviões, poderia ser um opção de baixo custo e com um poder de ataque superior aos atuais A-4, mas fazendo um trabalho complementar ao atual avião da Marinha do Brasil.

S-3Viking
A-7 Corsair II: sua despedida na Marinha Americana, foi na campanha Desert Storm.
Ainda existe também, a possibilidade porém bastante criticada do caça de ataque F-8 Crusader, que durante muitos anos foi usado pela Marinha America e mais recentemente a Marinha Francesa. As criticas justificam-se pelo fato de ser um avião já antigo, (mas isso o B-52 e o 707 também são) e hoje não existe nenhum país que use este aparelho, o que dificulta na hora da manutenção. Aviões mais antigos que o F-8, ainda voam e até são produzidos pela China, que é o caso do Mig 21, mas neste caso são tantos operadores dos mesmo, que facilita bastante a obtenção de peças de reposição, e além disso boa parte deles voa com aviônica modernizada.
O F- 8 Crusader, é uma opção mais improvável, porém válida.
A-7 Corsair II, pronto para decolagem do convés. Será que ele vem?

S-3 Viking, o "pau pra toda obra"; este avião entre outras coisas até realiza reabastecimento aéreo, como na foto acima, onde ele reabastece um F-14 Tomcat.

As dificuldades levantadas para a utilização A-7, que hoje somente a Grécia utiliza, podem ser superadas com a nacionalização de várias peças e utilização de toda uma aniônica moderna em uso hoje em toda a viação militar moderna.Este é um avião com uma capacidade de levar armas, razoavelmente superior ao A-4, e além disso tem uma autonomia de vôo muito boa.
Esta poderia ser uma solução no mínimo interessante e desafiadora para tornar uma avião que é comprovadamente eficiente e que atualizado, ele poderá ser tornar uma arma letal em defesa da Esquadra em conjunto com o S-3 e A-4.

A esquerda: A-7 e a direita o S-3. Uma dupla de aviões muito bons e que ainda possuem muito espaço para modernizações.

Possuir um porta aviões e não ter meios adequados para a proteção da frota, o navio passa a ser um ponto vulnerável, em um cenário de guerra, e para isto além de possuir bons helicópteros prontos para resgate e também outros armados para ataque, temos que possuir aviões em quantidade suficiente para uma ofensiva e mais importante ainda, que eles estejam munidos de equipamentos modernos (radares e armas) suficiente para que nos coloque em situação de adentrar ao mar com capacidade realmente ofensiva e desta forma, suprimir qualquer ameaça à nossa nação.
Esdras Franco
Fontes de consulta: